Como podemos transformar nossa cristandade num contexto de ecosociocidade? Certamente os desafios são enormes, grandes mesmo. Contudo, não os vejo maiores do que os problemas que nossa cidade, e as pessoas que nela estão enfrentam. Também não vejo os desafios maiores do que nossas possibilidades e, se Deus no-las deu, certamente Ele é maior do que esses desafios que enfrentamos, pois Ele nunca nos daria um problema que ultrapassasse a capacidade que Ele mesmo nos providenciaria.
O maior desafio que as igrejas enfrentam hoje é a atitude de mudar seus conceitos engessados, anoso e obsoleto. Isto embaraça seu envolvimento real, significativo e participativo na cidade, e lhe impede de avistar nas Escrituras a importância, para Deus, da cidade e das pessoas que nela está, bem como seu próprio objetivo e sua razão de existir como igreja dentro de uma cidade. As igrejas engessadas sofrem e fazem a cidade sofrer, pois “a burocracia diocesana corre o risco de não Ter eficácia nenhuma fora dos muros da cúria diocesana ou do centro pastoral. Produz muito papel, mas poucos resultados possíveis” (José Comblin).
Quando olhamos para a realidade de uma nova era na história da humanidade vemos que “uma proposta de missão urbana na virada do milênio encontrará seu impacto evangelizador, à medida que buscar na palavra do Senhor a espiritualidade capaz de permitir um surgimento de comunidades que saibam conjugar esses dois eixos: evangelização e serviço”(Hoffmann). Hoje falta tanto à sociedade quanto à igreja conhecer o “trinômio republicano: Liberté, Égalité, Fraternité.”(Clóvis P. Castro)
Desde a idade média, o mundo passou a ser visto como o mal entre a humanidade, e se criou, pela igreja cristã, os guetos espirituais, onde o ‘mundo’ não se misturava com a igreja, e ela, por ser mais santa, se isolava do mundo. Surgiram então os mosteiros, conventos e retiros espirituais. Daí em diante a igreja se absteve de cumprir seu fundamental papel no mundo: salgar e iluminar; e ela passou então a exercer um papel que Deus não lhe conferiu, o papel de julgar.
A igreja do terceiro milênio precisa urgentemente ignorar seu passado de exclusão, pois “o Espírito Santo nos ajuda a vivermos uma espiritualidade concreta, encarnada, situada, contextualizada, isto é, integrada à vida da cidade, seja ela qual for”(Castro). Nossa cidade não precisa mais de ‘pregadores’ de Jesus Cristo. Ela conhece a pessoa de Jesus e toda Sua história. Nossa cidade precisa hoje é de ver a pessoa de Jesus encarnada na vida dos cristãos. Todavia, ela só verá isso quando a igreja sair dos seus conceitos, e passar viver nos preconceitos da cidade.
Os desafios para uma pastoral urbana em nossa cidade e no planeta serão muitos simples de realizar, mas só conseguiremos isso quando a igreja olhar para a cidade com os olhos de Deus, agir na nela com mãos como as de Cristo, e a influenciar com as ações como as do Espírito Santo. Assim, seremos neste mundo, o que desejamos ser na cidade chamada Nova Jerusalém.
Esse mundo espera nossa diferença. Eles pouco se preocupam com a Jerusalém do futuro, pois pouco têm expectativa da própria vida no presente. Seja uma igreja atuante. Sinta a fome dessas pessoas, sinta sua pobreza, sinta sua dor, sinta-se dentro de seus guetos. Agindo assim, você será uma igreja que age, que une a
or + ação = oração. Só falta sua ação!
Rev Pevidor
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
PG - O RETRATO DA NOVA JERUSALÉM
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