O Deserto não é o fim! “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da
morte,
não temerei mal nenhum, porque tu estás
comigo.” (Salmo 23.4)
Às vezes parece que estamos sozinhos, parece que quanto mais lutamos, mais andamos para trás, às vezes parece que nosso mundo vai ruir, e enquanto vemos as pessoas pelas ruas, sorrindo, alegres, conquistando, sempre vencendo, se apaixonando, curtindo a vida, parece que nós sempre retrocedemos, sempre perdemos, nunca vencemos, parece que estamos no deserto, sozinhos, sem ninguém para ajudar, sem ninguém para socorrer, sem saída, sem esperança, sem forças para crer.
A vida é cheia de altos e baixos, nem sempre
estamos vencendo, às vezes perdemos, nem sempre estamos por cima, às vezes
passamos uma temporada em baixa. O ciclo da vida sempre nos prepara desertos,
sempre nos coloca de molho, e como uma carne fica de molho para entranhar o
tempero, a vida nos tempera nos momentos mais difíceis que passamos.
Todos nós temos desertos pessoais, e às vezes
parece que eles são personalizados, parece que os nossos problemas foram feitos
especialmente para nós. E neste momento nos sentimos as piores pessoas do
mundo, e sempre somos tentados a olhar para os lados e nossos olhos sempre
percebem o quanto os outros são mais felizes que nós, parece que nossa família
é a mais problemática, que nossa esposa (esposo) não é tão compreensivo, que
nossos filhos são os mais desobedientes, e menos dedicados nos estudos, como
conquistam mais que nós, o quanto vencem, enquanto, aos nossos olhos, sempre
somos os perdedores.
O que podemos fazer, o que você pode fazer neste
momento de deserto, de angústia, de luta e fracasso que você está vivendo? O
que fazer quando não temos mais forças para lutar. Certa vez, estava fazendo um
levantamento de bens naturais de uma empresa do agronegócio no estado do Mato
Grosso (foto). Levei suprimentos (água – hidratação, facão – proteção, bala – glicose,
fonte de energia), foi uma longa caminhada, escalada de um paredão, e 3 horas
para chegar ao alvo da pesquisa, uma cachoeira isolada. Após documentar esta
cachoeira retornei, e a volta foi dolorosa, debaixo de um sol de 40º, cada dez
metros andado sugava todas as minhas energias, mesmo moderando o consumo da
água ela acabou, e a exaustão tomou conta de meu corpo ao ponto de eu secar a
boca ao ponto de, em uma das paradas, eu colocar uma bala na boca e ter que
cuspi-la por falta de saliva para derreter a bala. Sinceramente, naquele momento
pensei que passaria a noite naquele lugar deserto, sem sinal de telefone pára
avisar minha secretária da minha situação, ou mesmo para chamar por socorro.
Naquela situação angustiante eu só poderia orar.
Parei debaixo de um arbusto e falei: “Senhor Deus, me ajude, eu já não tenho mais forças para
chegar à caminhonete, se ficar a noite aqui estarei no relento, à mercê de
predadores noturnos, onças, serpentes e escorpiões, Pai, me ajude, eu não
agüento mais.” Foi exatamente nesta hora que Deus me fortaleceu, me pegou pela
mão e me conduziu até a parte mais alta daquele penhasco. Quando cheguei lá em
cima, deitei-me no chão, exausto, contemplando o pôr-do-sol, e glorifiquei a
Deus. Ali fiz uma promessa, que jamais deixaria Deus em segundos planos na
minha vida, porque Ele, sempre está com aqueles que confiam nEle. É por isso
que eu estou aqui hoje, falando com você, não desista! Quer sair deste deserto,
confie no SENHOR, eu já passei por diversas experiências amargas em minha vida,
mas Deus nunca me abandonou, e Ele não te abandonou. Clame a Deus, confie nEle,
e se Deus permite que você passe pelo deserto, ou que por alguns momentos você
passe por lutas e provações, ore, clame, busque a Deus, e Sua maravilhosa mão
vai te segurar, vai te fortalecer e vai te ajudar a sair dessa. CONFIE!
Alexandre Pevidor
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