Carta à Igreja em Laodicéia
A cidade de Laodicéia (Denizli Ladik), foi fundada por Antíoco II no século III a.C., e recebeu o nome de sua esposa, Laodice. Era importante e rica quando foi a capital do reino de Lídia ao tempo do rei Creso (550 a.C.), mas entrou em decadência nos séculos que se seguiram, sofrendo duas grandes invasões por negligência das suas sentinelas. Quando esta carta foi redigida, prevalecia nela o culto ao imperador romano. A cidade de Laodicéia situava-se numa importante localidade, à margem do rio Lico. Por causa de sua posição geográfica, era uma cidade comercialmente próspera. Tornou-se uma cidade muito rica mediante as indústrias têxteis. Além disso, era um centro de curas. Certo famoso ungüento para o ouvido, feito de nardo, e um pó para os olhos eram usados em Laodicéia. Men, o deus da cura, tinha um sacrário na cidade. O povo dava grande importância à prosperidade material e à saúde física. Tentavam estabelecer sua civilização sobre o avanço material. Acreditavam que, se tivessem tempo suficiente, poderiam resolver todos os problemas da vida mediante a habilidade e a engenhosidade humanas.
Devido a sua posição, era um centro comercial extremamente próspero, especialmente durante o governo romano. Porém, diferentemente das outras cidades, quando foi destruída por um terremoto, pôde se dar ao luxo de rejeitar o auxílio do Império Romano para a sua reconstrução, em virtude de sua situação financeira privilegiada. Era um importante centro bancário e de troca de moedas. A cidade era rodeada por terras férteis. Seus principais produtos incluíam a lã negra polida e tablóides, ou pós-medicinais.
A cidade tinha uma desvantagem: Nela não havia suprimento de água. A água que chegava até à cidade, vinha através de canos de uma fonte que ficava a certa distância, e provavelmente chegava a seu destino morna. Laodicéia ficava nos arredores de águas termais.
Os habitantes da cidade e os membros da igreja eram intoleráveis. Manifestavam uma atitude orgulhosa, obstinada e vaidosa. Uma frase ficou famosa, pronunciada por um laodicense: “ eu sou rico – de bens espirituais - e sempre vou me enriquecendo, cada vez mais. Tudo que ganhei ainda possuo; e, não tenho necessidade de coisa alguma (v 17).
v 14: Cristo se identifica como: "O Amém, Testemunha Fiel e Verdadeira":
a. A palavra "amém", traz o significado de "assim seja", "é assim". Ela era usada na liturgia judaica e nos cultos de adoração como afirmação de fé na validade, ou veracidade da mensagem que era lida ou proferida. Ao ser aplicada a Cristo, esta palavra significa que Ele é a afirmação da Palavra de Deus. Ele é a própria Palavra de Deus, o Logos Eterno.
v 15: "A tuas obras". Esta Igreja é a única que tem muito pouco para Jesus aprovar. Mesmo suas obras citada por Jesus, não são um sinal de aprovação, mas de desaprovação. "Nem és frio, nem quente": Os crentes desta cidade se assemelhavam a sua própria água. Eram "mornos", isto é, sem ousadia, acomodados, sem entusiasmo, sem vida. Aos seus próprios olhos eram considerados ricos, abastados. Sua indiferença às coisas de Deus trazia um grande desgosto no coração de Deus.
v 16: “vomitar-te”: perto de Laodicéia havia fontes de águas termais, mineral morna e emética (que provoca vômito), e qualquer viajante sedento rejeitaria essa água com nojo. Esse é o desgosto que Cristo sente para com uma igreja espiritualmente morna, pois Ele sabia que a religiosidade dos laodicenses era hipocrisia, fingimento e dissimulação. O vômito é a rejeição violenta de algo ruim.
v 17: os cristãos dessa cidade pensavam que já possuíam tudo e que não precisavam, nem mesmo de Deus. todavia, eles não declaravam isso, mas seu comportamento indicava esse pensamento. É comum nas pessoas abandonarem os caminhos do Senhor, muito comum também, pessoas serem indiferentes com a palavra de Deus, seus ensinos, com o culto, dízimo, ofertas, testemunho e ministério quando em seu coração, se acham afanados de todas as sortes de provisões. Essas pessoas não dizem isso, mas sua espiritualidade falida e opaca revela uma distância de Deus e das suas verdades. "Um infeliz", muitos daquele Igreja supunham que a felicidade é determinada pelo saldo credor na conta bancária, ou pelo acúmulo de posses carnais, que alguém pode dar-se ao luxo de ter. Espiritualmente, porém, eram infelizes. Estavam perdendo o melhor das bênçãos de Deus(Ef 1.3) "Miserável". Não precisavam mendigar o pão, seus filhos eram bem vestidos, tinham bons cuidados médicos, diversões, viagens. Na realidade, porém, eram "miseráveis" espirituais. A miséria é caracterizada pela ausência dos recursos básicos para a sobrevivência de qualquer ser humano. Eles tinham estes recursos, até mesmo em abundância, porém lhes faltavam os recursos espirituais
v 18: "Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças". Tal conselho apontara o ouro puro, em contraste com as riquezas poluídas que possuíam (1 Tm 6.17). "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento". "Te vistas com vestidos brancos e não apareça a vergonha de tua nudez". Embora aqueles crentes se vestissem com elegância, o que de fato precisavam, era de vestidos brancos o que aponta para a autêntica santidade de vida, a elegância espiritual. As vestes brancas devem caracterizar aqueles que foram lavados pelo sangue de Cristo (Ap 7.9, 13-14). "Te unjas os olhos com colírio e vejas", já vimos que a cidade era produtora de medicamentos, os mais diversos, e certamente produzia vários tipos de colírio. A palavra traduzida por "colírio", é "kollurion" "kollurion" – e se referia a um rolo de pão grosseiro, um tipo de emplasto para tratamento de muitas infecções, inclusive infecções nos olhos. Isto retrata a operação do Espírito Santo, o que dá ao crente visão e discernimento espirituais (Ef 1.18, Mt 6.19-20). Pobre": Este estado é o estado daquele que vive em extrema pobreza e miséria. É o oposto de ser rico. "Cego". Nos países orientais são comuns as enfermidades nos olhos, que levam à cegueira. Laodicéia, contava com uma escola de medicina, sendo produtora de muitos medicamentos. Contava com meios de combate à cegueira física, mas faltavam-lhes recursos para combater a cegueira espiritual(Jo 9.39). "Nu". Laodicéia era famosa por sua indústria de roupas. Os crentes desta cidade, se vestiam com elegância, mas espiritualmente falando, estava nus.
v 19: "Sê pois, zeloso e arrepende-te": Os crentes mornos, são agora conclamados a serem "fervorosos", "quentes", de modo a serem conduzidos a um autêntico arrependimento. Repreendo e castigo a todos quantos amo". Está em foco a disciplina de Deus, que vem sobre os filhos verdadeiros (Hb 12.6-8).
v 20: A porta é a vida do indivíduo, ou da Igreja. Cristo deseja entrar em sua vida para abençoá-lo. Se qualquer indivíduo ouvir a chamada de Cristo e abrir as portas de sua vida para Ele, então Cristo o salvará. Uma igreja(um crente) pode existir apenas de aparência, mantendo um culto formal, faltando o essencial, que é a comunhão com o Salvador. Cristo nos chama para a comunhão íntima com Ele sem formalidades, mas com fidelidade.
v 21: “Ao que vencer, lhe concederei que se assente no trono comigo": Na Palavra de Deus, os vencedores reinarão com Cristo. O trono não é apenas um lugar onde se assenta, mas um símbolo de autoridade.
A cidade de Laodicéia (Denizli Ladik), foi fundada por Antíoco II no século III a.C., e recebeu o nome de sua esposa, Laodice. Era importante e rica quando foi a capital do reino de Lídia ao tempo do rei Creso (550 a.C.), mas entrou em decadência nos séculos que se seguiram, sofrendo duas grandes invasões por negligência das suas sentinelas. Quando esta carta foi redigida, prevalecia nela o culto ao imperador romano. A cidade de Laodicéia situava-se numa importante localidade, à margem do rio Lico. Por causa de sua posição geográfica, era uma cidade comercialmente próspera. Tornou-se uma cidade muito rica mediante as indústrias têxteis. Além disso, era um centro de curas. Certo famoso ungüento para o ouvido, feito de nardo, e um pó para os olhos eram usados em Laodicéia. Men, o deus da cura, tinha um sacrário na cidade. O povo dava grande importância à prosperidade material e à saúde física. Tentavam estabelecer sua civilização sobre o avanço material. Acreditavam que, se tivessem tempo suficiente, poderiam resolver todos os problemas da vida mediante a habilidade e a engenhosidade humanas.
Devido a sua posição, era um centro comercial extremamente próspero, especialmente durante o governo romano. Porém, diferentemente das outras cidades, quando foi destruída por um terremoto, pôde se dar ao luxo de rejeitar o auxílio do Império Romano para a sua reconstrução, em virtude de sua situação financeira privilegiada. Era um importante centro bancário e de troca de moedas. A cidade era rodeada por terras férteis. Seus principais produtos incluíam a lã negra polida e tablóides, ou pós-medicinais.
A cidade tinha uma desvantagem: Nela não havia suprimento de água. A água que chegava até à cidade, vinha através de canos de uma fonte que ficava a certa distância, e provavelmente chegava a seu destino morna. Laodicéia ficava nos arredores de águas termais.
Os habitantes da cidade e os membros da igreja eram intoleráveis. Manifestavam uma atitude orgulhosa, obstinada e vaidosa. Uma frase ficou famosa, pronunciada por um laodicense: “ eu sou rico – de bens espirituais - e sempre vou me enriquecendo, cada vez mais. Tudo que ganhei ainda possuo; e, não tenho necessidade de coisa alguma (v 17).
v 14: Cristo se identifica como: "O Amém, Testemunha Fiel e Verdadeira":
a. A palavra "amém", traz o significado de "assim seja", "é assim". Ela era usada na liturgia judaica e nos cultos de adoração como afirmação de fé na validade, ou veracidade da mensagem que era lida ou proferida. Ao ser aplicada a Cristo, esta palavra significa que Ele é a afirmação da Palavra de Deus. Ele é a própria Palavra de Deus, o Logos Eterno.
v 15: "A tuas obras". Esta Igreja é a única que tem muito pouco para Jesus aprovar. Mesmo suas obras citada por Jesus, não são um sinal de aprovação, mas de desaprovação. "Nem és frio, nem quente": Os crentes desta cidade se assemelhavam a sua própria água. Eram "mornos", isto é, sem ousadia, acomodados, sem entusiasmo, sem vida. Aos seus próprios olhos eram considerados ricos, abastados. Sua indiferença às coisas de Deus trazia um grande desgosto no coração de Deus.
v 16: “vomitar-te”: perto de Laodicéia havia fontes de águas termais, mineral morna e emética (que provoca vômito), e qualquer viajante sedento rejeitaria essa água com nojo. Esse é o desgosto que Cristo sente para com uma igreja espiritualmente morna, pois Ele sabia que a religiosidade dos laodicenses era hipocrisia, fingimento e dissimulação. O vômito é a rejeição violenta de algo ruim.
v 17: os cristãos dessa cidade pensavam que já possuíam tudo e que não precisavam, nem mesmo de Deus. todavia, eles não declaravam isso, mas seu comportamento indicava esse pensamento. É comum nas pessoas abandonarem os caminhos do Senhor, muito comum também, pessoas serem indiferentes com a palavra de Deus, seus ensinos, com o culto, dízimo, ofertas, testemunho e ministério quando em seu coração, se acham afanados de todas as sortes de provisões. Essas pessoas não dizem isso, mas sua espiritualidade falida e opaca revela uma distância de Deus e das suas verdades. "Um infeliz", muitos daquele Igreja supunham que a felicidade é determinada pelo saldo credor na conta bancária, ou pelo acúmulo de posses carnais, que alguém pode dar-se ao luxo de ter. Espiritualmente, porém, eram infelizes. Estavam perdendo o melhor das bênçãos de Deus(Ef 1.3) "Miserável". Não precisavam mendigar o pão, seus filhos eram bem vestidos, tinham bons cuidados médicos, diversões, viagens. Na realidade, porém, eram "miseráveis" espirituais. A miséria é caracterizada pela ausência dos recursos básicos para a sobrevivência de qualquer ser humano. Eles tinham estes recursos, até mesmo em abundância, porém lhes faltavam os recursos espirituais
v 18: "Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças". Tal conselho apontara o ouro puro, em contraste com as riquezas poluídas que possuíam (1 Tm 6.17). "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento". "Te vistas com vestidos brancos e não apareça a vergonha de tua nudez". Embora aqueles crentes se vestissem com elegância, o que de fato precisavam, era de vestidos brancos o que aponta para a autêntica santidade de vida, a elegância espiritual. As vestes brancas devem caracterizar aqueles que foram lavados pelo sangue de Cristo (Ap 7.9, 13-14). "Te unjas os olhos com colírio e vejas", já vimos que a cidade era produtora de medicamentos, os mais diversos, e certamente produzia vários tipos de colírio. A palavra traduzida por "colírio", é "kollurion" "kollurion" – e se referia a um rolo de pão grosseiro, um tipo de emplasto para tratamento de muitas infecções, inclusive infecções nos olhos. Isto retrata a operação do Espírito Santo, o que dá ao crente visão e discernimento espirituais (Ef 1.18, Mt 6.19-20). Pobre": Este estado é o estado daquele que vive em extrema pobreza e miséria. É o oposto de ser rico. "Cego". Nos países orientais são comuns as enfermidades nos olhos, que levam à cegueira. Laodicéia, contava com uma escola de medicina, sendo produtora de muitos medicamentos. Contava com meios de combate à cegueira física, mas faltavam-lhes recursos para combater a cegueira espiritual(Jo 9.39). "Nu". Laodicéia era famosa por sua indústria de roupas. Os crentes desta cidade, se vestiam com elegância, mas espiritualmente falando, estava nus.
v 19: "Sê pois, zeloso e arrepende-te": Os crentes mornos, são agora conclamados a serem "fervorosos", "quentes", de modo a serem conduzidos a um autêntico arrependimento. Repreendo e castigo a todos quantos amo". Está em foco a disciplina de Deus, que vem sobre os filhos verdadeiros (Hb 12.6-8).
v 20: A porta é a vida do indivíduo, ou da Igreja. Cristo deseja entrar em sua vida para abençoá-lo. Se qualquer indivíduo ouvir a chamada de Cristo e abrir as portas de sua vida para Ele, então Cristo o salvará. Uma igreja(um crente) pode existir apenas de aparência, mantendo um culto formal, faltando o essencial, que é a comunhão com o Salvador. Cristo nos chama para a comunhão íntima com Ele sem formalidades, mas com fidelidade.
v 21: “Ao que vencer, lhe concederei que se assente no trono comigo": Na Palavra de Deus, os vencedores reinarão com Cristo. O trono não é apenas um lugar onde se assenta, mas um símbolo de autoridade.
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