Ando muito preocupado nos últimos anos, especialmente de dois anos pra cá.
Minha infância foi regrada a grandes histórias de fé de meu bisavô Quirino Gomes, que enquanto serrava madeira em sua marcenaria, meditava nos textos que lia entre os intervalos, e isto é tão verdade que a Bíblia que herdei dele ainda tem entre uma folha e outra pó de madeira depositada. Meu avô Eduardo foi-me outro exemplo de honestidade e fidelidade ao SENHOR da Seara. Meu pai abandonou sua profissão de Arquitetura e sua empresa do ramo madeireiro para sem embrenhar na selva amazônica e pregar ao povo que ali habitava, iniciando seu ministério por Nova Monte Verde/MT. Toda esta breve história contei para relembrar o quanto o Evangelho era respeitado, amado e reverenciado pelos meus antepassados.
A história nos relata nomes de homens que deram suas vidas pela propagação do Evangelho, e para a salvação de vidas, tais como: Hudson Taylor, George Whitefield, Willian Carey, Adoniran Judson, Ashbel Green Simonton, dentre centenas de outros.
Diante de brilhantes histórias de homens e mulheres que influenciaram toda sua geração com o Santo Evangelho da salvação, fico pensando o que eles diriam sobre a situação da igreja nos rumos que tem trilhado. É com muita tristeza e angústia que assisto dezenas de pregadores na TV mercandejando a palavra da salvação, transformando-a em uma vil lâmpada de gênio capaz de realizar os desejos do coração humano.
Há alguns meses, foi à Brasília como palestrante em uma Conferência Missionária, realizada na Igreja Presbiteriana do Guará. Quando voltei para o hotel, depois de um grandioso dia de conferência, liguei a tv e vi uma bispa mercandejando o texto de Romanos 8.37: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” Tamanha foi a ênfase nas palavras “em todas as coisas” que por mais de quinze minutos ela repetiu esta expressão. A cada dia vemos surgir pregadores que apresentam um Show de Fé baseado em testemunhos, relatos e demonstrações de “poder”. A surgência destas igrejas “evangélicas” gerou uma disputa baseada também em títulos, onde ser pastor não mais é sinônimo de cuidado com “rebanho”, mas início de carreira para quem quer se tornar bispo, apóstolo, e quem sabe...”Jesus”. A cada dia vemos novas igrejas e seus milagreiros surgindo pelo Brasil a fora. Enganam a todos, incautos e inteligentes, braçais e graduados, famosos e desconhecidos, e sabem porque? É simples: todos querem se ver livres de seus problemas, e os tais bispos e apóstolos oferecem a recompensa a quem contribui com seu carne, com seu programa, com sua ânsia por poder, glória e riqueza.
Eu não tenho poder, não tenho programa de tv, mas tenho uma preocupação que acho que não afeta a estes poderosos: será que estamos vivendo os tempos do cumprimento da profecia relatada em Mateus 24.24: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mateus 7.15, 24.11,24, Marcos 13.22, Lucas 6.26, 1João 4.1,4). Sobre estes jaz uma promessa terrível em 2Pedro 2.1: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.”
Uma vez um jovem senhor me disse que meu sonho de uma grande igreja não se realizaria porque, segundo ele: “o senhor prega a verdade, e as pessoas não querem ouvir a verdade”. Estranho esta palavra, mas acreditei que ele teria razão pois esta fala me fez relembrar do texto de 2Timóteo 4.3-4: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” Então pensei: melhor morrer desconhecido e com uma pequena igreja que passar a eternidade no lago de fogo e enxofre, isso me serviu de consolo.
Às penso que a verdade tem seus dias contado, pois a política é mentirosa, as notícias manipuladas, e as igrejas, bem, se tratando de muitas um conto de fadas, com seus duendes, lobo mal, e põe mal nisso, chapeuzinho vermelho e maçãs da salvação; em se tratando de igrejas sérias, modelo bíblico de seguimento, fiéis, mas contudo, omissas. Houve um homem de Deus, não era apóstolo nem bispo, mas conhecido apenas como o pregador Jerônimo Savonarola que não se calava diante das atrocidades vividas pela sua sociedade e pela corrupção da igreja, e assim diz-se sobre seu ministério: “...O pregador, Jerônimo Savonarola, abrasado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a iminência do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja. O povo abandonou a leitura das publicações torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador: deixou os cânticos das ruas, para cantar os hinos de Deus. Em Florença, as crianças fizeram procissões, coletando as máscaras carnavalescas, os livros obscenos e todos os objetos supérfluos que serviam à vaidade. Com isso formaram em praça pública uma pirâmide de vinte metros de altura e atearam-lhe fogo. Enquanto o monte ardia, o povo cantava hinos e os sinos da cidade dobravam em sinal de vitória.” Acredito que hoje Savonarola seria queimado junto com os livros e máscaras carnavalescas, não pelos carnavalescos, mas por uma sociedade e por igrejas que não aceitam o Evangelho da salvação puro, santo, simples e salvador como a Bíblia o apresenta.
Que igreja é esta que surge a cada dia? Que silêncio das autoridades eclesiásticas e políticas é este? Teriam todos medo de tocarem no assunto, ou medo dos apóstolos e bispos surgentes e poderosos? Será que poderemos ser uma igreja fiel à pregação Bíblica, pura ao anúncio do Evangelho da salvação, sem promessas baratas, fúteis e momentâneas? Ainda há esperança de sermos uma igreja que “pensa”? Não manipulável, mas baseada na Palavra? Espero sua resposta a que tipo de igreja estás disposto a ser.
Minha infância foi regrada a grandes histórias de fé de meu bisavô Quirino Gomes, que enquanto serrava madeira em sua marcenaria, meditava nos textos que lia entre os intervalos, e isto é tão verdade que a Bíblia que herdei dele ainda tem entre uma folha e outra pó de madeira depositada. Meu avô Eduardo foi-me outro exemplo de honestidade e fidelidade ao SENHOR da Seara. Meu pai abandonou sua profissão de Arquitetura e sua empresa do ramo madeireiro para sem embrenhar na selva amazônica e pregar ao povo que ali habitava, iniciando seu ministério por Nova Monte Verde/MT. Toda esta breve história contei para relembrar o quanto o Evangelho era respeitado, amado e reverenciado pelos meus antepassados.
A história nos relata nomes de homens que deram suas vidas pela propagação do Evangelho, e para a salvação de vidas, tais como: Hudson Taylor, George Whitefield, Willian Carey, Adoniran Judson, Ashbel Green Simonton, dentre centenas de outros.
Diante de brilhantes histórias de homens e mulheres que influenciaram toda sua geração com o Santo Evangelho da salvação, fico pensando o que eles diriam sobre a situação da igreja nos rumos que tem trilhado. É com muita tristeza e angústia que assisto dezenas de pregadores na TV mercandejando a palavra da salvação, transformando-a em uma vil lâmpada de gênio capaz de realizar os desejos do coração humano.
Há alguns meses, foi à Brasília como palestrante em uma Conferência Missionária, realizada na Igreja Presbiteriana do Guará. Quando voltei para o hotel, depois de um grandioso dia de conferência, liguei a tv e vi uma bispa mercandejando o texto de Romanos 8.37: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” Tamanha foi a ênfase nas palavras “em todas as coisas” que por mais de quinze minutos ela repetiu esta expressão. A cada dia vemos surgir pregadores que apresentam um Show de Fé baseado em testemunhos, relatos e demonstrações de “poder”. A surgência destas igrejas “evangélicas” gerou uma disputa baseada também em títulos, onde ser pastor não mais é sinônimo de cuidado com “rebanho”, mas início de carreira para quem quer se tornar bispo, apóstolo, e quem sabe...”Jesus”. A cada dia vemos novas igrejas e seus milagreiros surgindo pelo Brasil a fora. Enganam a todos, incautos e inteligentes, braçais e graduados, famosos e desconhecidos, e sabem porque? É simples: todos querem se ver livres de seus problemas, e os tais bispos e apóstolos oferecem a recompensa a quem contribui com seu carne, com seu programa, com sua ânsia por poder, glória e riqueza.
Eu não tenho poder, não tenho programa de tv, mas tenho uma preocupação que acho que não afeta a estes poderosos: será que estamos vivendo os tempos do cumprimento da profecia relatada em Mateus 24.24: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mateus 7.15, 24.11,24, Marcos 13.22, Lucas 6.26, 1João 4.1,4). Sobre estes jaz uma promessa terrível em 2Pedro 2.1: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.”
Uma vez um jovem senhor me disse que meu sonho de uma grande igreja não se realizaria porque, segundo ele: “o senhor prega a verdade, e as pessoas não querem ouvir a verdade”. Estranho esta palavra, mas acreditei que ele teria razão pois esta fala me fez relembrar do texto de 2Timóteo 4.3-4: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” Então pensei: melhor morrer desconhecido e com uma pequena igreja que passar a eternidade no lago de fogo e enxofre, isso me serviu de consolo.
Às penso que a verdade tem seus dias contado, pois a política é mentirosa, as notícias manipuladas, e as igrejas, bem, se tratando de muitas um conto de fadas, com seus duendes, lobo mal, e põe mal nisso, chapeuzinho vermelho e maçãs da salvação; em se tratando de igrejas sérias, modelo bíblico de seguimento, fiéis, mas contudo, omissas. Houve um homem de Deus, não era apóstolo nem bispo, mas conhecido apenas como o pregador Jerônimo Savonarola que não se calava diante das atrocidades vividas pela sua sociedade e pela corrupção da igreja, e assim diz-se sobre seu ministério: “...O pregador, Jerônimo Savonarola, abrasado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a iminência do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja. O povo abandonou a leitura das publicações torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador: deixou os cânticos das ruas, para cantar os hinos de Deus. Em Florença, as crianças fizeram procissões, coletando as máscaras carnavalescas, os livros obscenos e todos os objetos supérfluos que serviam à vaidade. Com isso formaram em praça pública uma pirâmide de vinte metros de altura e atearam-lhe fogo. Enquanto o monte ardia, o povo cantava hinos e os sinos da cidade dobravam em sinal de vitória.” Acredito que hoje Savonarola seria queimado junto com os livros e máscaras carnavalescas, não pelos carnavalescos, mas por uma sociedade e por igrejas que não aceitam o Evangelho da salvação puro, santo, simples e salvador como a Bíblia o apresenta.
Que igreja é esta que surge a cada dia? Que silêncio das autoridades eclesiásticas e políticas é este? Teriam todos medo de tocarem no assunto, ou medo dos apóstolos e bispos surgentes e poderosos? Será que poderemos ser uma igreja fiel à pregação Bíblica, pura ao anúncio do Evangelho da salvação, sem promessas baratas, fúteis e momentâneas? Ainda há esperança de sermos uma igreja que “pensa”? Não manipulável, mas baseada na Palavra? Espero sua resposta a que tipo de igreja estás disposto a ser.
por Alexandre Pevidor