sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PG - A ECOLOGIA URBANA E A SOLIDARIEDADE




“Porque Deus amou ‘a cidade’ de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que em todos os setores dela creiam, e para que seus habitantes não pereçam, mas tenham assistência humana e espiritual, tendo vida na cidade, e vida eterna.” (Jo 3.16)

Quando vivemos numa cidade temos vários privilégios que podemos desfrutar dela; mas ao mesmo tempo em que desfrutamos de tudo o que uma cidade pode nos oferecer, temos também obrigações e responsabilidades de seres sociais em contextos urbanos. Nessa ótica vivencial vemos o relacionamento humano no cuidado ecológico homem-humano-natureza, tendo como background a solidariedade.

Todo o eco sistema foi criado de uma mesma fonte. Ao homem, todavia, foi dada a responsabilidade de cultivar e guardar todo o ambiente natural criado por Deus, para o desenvolvimento e sobrevivência de toda a criação. Entretanto, o que vemos no século XXI é o ser ‘racional’ agindo irracionalmente, pois todo o gênero de animais, ditos irracionais, contribui para o bom andamento de um equilíbrio do eco sistema. Matam para comer, migram, e geram suas crias em tempo determinado. Ao ser animal humano fica reservado a pior parte. O homem é o único ser animal ‘racional’ que mata por vingança, por maldade, único que derruba as matas para vender suas madeiras, mata os animais por esporte, atropela-os nas suas estradas, rouba-lhes os filhotes, e tem prazer em tudo o que se chama “predatório”.

A igreja cristã tem sua parcela de responsabilidade nessa realidade caótica em que vive nosso sistema ecológico. Em muitas vezes ela contribui com seus lixos, suas reformas e com uma visão cimentada para a degradação da bela natureza que nos fornece vida.

Muitas perguntas surgem quando falamos sobre ecologia, no sentido de o que poderíamos fazer para melhorar nosso meio ambiente. A igreja pode e deve participar nessa melhoria em vários aspectos. É claro que essa responsabilidade não se restringe apenas à igreja cristã, mas sim, a todos os seres viventes que vêm ao mundo, vive nele e depende dele até mesmo para morrer.

Há muito que fazer pelo eco sistema. Todavia minha principal preocupação é a falta de cuidado do ser humano para com a coroa da criação de Deus: o homem e a mulher. É certo que as nossas matas estão definhando nas mãos humanas, os animais estão clamando por socorro, e o planeta terra está se apagando no cosmo. Mas na verdade o homem está se matando aos poucos. Destruindo sua única fonte de oxigênio, apagando a camada de ozônio, transformando toda uma cadeia de acontecimentos naturais e benéficos, em tragédias, tornados, terremotos, maremotos, frio demasiado, calor excessivo, transformando um mundo de vida em um mundo de morte.

Pois bem! O que podemos fazer por uma ecologia urbana fundamentada na solidariedade? Em primeiro lugar precisamos ter em mente que “pensar em ecologia urbana orientada pela solidariedade é, principalmente, pensar nas múltiplas relações que acontecem no contexto das cidades” (C.P.Castro). O homem vive em sociedade, e seu envolvimento nela deve delinear suas atividades relacionais solidárias a tudo e todos aqueles que estão à sua volta. Não há como viver socialmente, e ao mesmo tempo ignorar as necessidades, lutas, dificuldades e problemas que vivem os outros seres humanos dentro da mesma razão social. Para desenvolvermos uma ecologia urbana fundamentada na solidariedade “é preciso sentir o cheiro das pessoas, conhecê-las na sua realidade”(C.P.Castro), sentir como elas se sentem, encarnar-se na vida, nos problemas e nas alegrias dos que estão à nossa volta. É preciso amar as pessoas e a natureza, motivados Por uma ecologia fundamentada na solidariedade, segundo o coração de Deus
Rev. Alexandre Pevidor

terça-feira, 7 de outubro de 2008

PG - ELES PRECISAM SABER SOBRE A SALVAÇÃO, MAS QUEM FALARÁ?


Mensagem 02
Texto:

"1 Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João 2 (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos), 3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia. 4 E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria." (João 4.1-4)
Tema: Eles precisam saber sobre a Salvação - Mas quem Falara?
Afirmação Teológica: A missão de Deus se tornou a missão da Igreja após atos 2.
Frase de Transição: Para falar da salvação você precisa quebrar alguns paradigmas:

1) O PARADIGMA DO PRECONCEITO CULTURAL (mensagem 01)
a. Aceitar o outro como ele está (não como ele é)
b. Fazer algo para mudar a realidade do nosso Próximo,
c. Mostrar a verdade que liberta

2) O PARADIGMA DO PRECONCEITO SOCIAL
“Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus” (v2)
Precisamos quebrar o preconceito social para:

A) COMPARTILHAR A SALVAÇÃO
Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?” (Rm 10.13-15)
·O samaritano era proibido de entrar nos territórios judaicos, como ouviria da salvação?
·Quantos “samaritanos” não entram nas igrejas por causa do preconceito?
·Quando Jesus pede água Ele abre a porta do diálogo;
·Quando Jesus fala da salvação Ele sinaliza o “ide” não o “vinde”
·ekklhsia - ek: preposição primária denotando origem - kalew: chamar em alta voz, convidar.

B) COMPARTILHAR A MESA
Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber “ (v 7)
· Um alimento manuseado por um samaritano era considerado “contaminado”; (alimentos secos)
· Alimentar-se culturalmente significa aceitação; (fotos Pará)
· (castro) É preciso sentir o cheiro das pessoas...”
· Jesus pede água: colhida pela mulher, no vaso da mulher, e na caneca da mulher samaritana;
· Às vezes a igreja não quer pessoas “diferentes”... no seu meio;
· Quase sempre a igreja é um local exclusivo para pessoas exclusivas;
· Jesus quebrou essa barreira – não foi a mulher que se aproximou dele, mas Jesus se aproximou dela; “Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana” (v 9);
· “Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?” (v 27);
· Jesus não queria a água da samaritana, Ele queria “todos os samaritanos”.

C) COMPARTILHAR OS VALORES DO REINO
Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os samaritanos ter com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra” (4.28-29,40-41)
·EFEITO MULTIPLICADOR NA MISSÃO:
·Jesus prega para a mulher, ela prega aos samaritanos, os samaritanos vêm até Jesus, Jesus salva-os;
·Mas...essa não era a missão dos discípulos? Como Jesus envia uma samaritana?
·Jesus sempre saiu do “convencional” para compartilhar o Reino;
oMulher Adúltera (Jo 8.4); Zaqueu (Lc 9.2); Publicanos e pecadores (Mt 9.10). “Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.” (Mt 9.12);
·A barreira social é quebrada no “IR” nem sempre no “VIR”. “Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus.” (Lc 9.60)

Aplicação
·O que te impede de querer a salvação dos samaritanos à sua volta?
·O que você pode fazer por eles?
·O que você quer fazer por eles a partir de hoje?
·Muitos estão buscando água próximo de você, mas podem estar voltando sem a salvação!