sexta-feira, 12 de junho de 2009

REVITALIZANDO A IGREJA


Já a muitos anos temos acompanhado discussões sobre o papel da igreja no mundo. O SENHOR tem levantado homens e mulheres para o desempenho de Suas ordens nesse mundo. Uma realidade caótica, dirimível e assassina é a que vivemos em nosso século. Pouco se aproveita nos relacionamentos, e a corrupção degrada cada vez mais o ser humano e seu desenvolvimento.
O termo “igreja” aparece 73 vezes em todo o Novo Testamento. No grego, essa mesma palavra aparece na forma de “ekklhsia”. Isso nos faz entender melhor nosso papel como servos de Deus nesse mundo, uma vez que nos tornamos, pela conversão, igreja de Cristo. Dessa forma, analisemos: a palavra ekklhsia é uma junção de duas pequenas palavras: ek – uma preposição que significa “de, para fora, a partir de”. A segunda parte dessa palavra é klhsia – derivada do verbo kalew, significando “proclamação, proclamar, gritar, anunciar”. Entendemos que nossa função como igreja de Deus nesse mundo, é a de sairmos das portas de nossos tempos proclamando a salvação, e salvando humanidade das mazelas que satanás e o pecado impõe a ela.

Durante muitos anos o catolicismo impôs uma visão ao mundo de que a salvação estava restrita a ela, a igreja, e se os fieis não estivessem na igreja, sua salvação não estaria garantida. Infelizmente alguns dos os grandes pensamentos bíblicos causadores da reforma protestante do século dezesseis não mais são vivenciados em nossos dias. Um deles é essa questão da salvação através da graça. O catolicismo romano pregava que para a salvação, as pessoas precisavam vir para a igreja. Hoje em dia o protestantismo vive, pelo menos na prática, essa mesma idéia de que as pessoas é que precisam vir para a igreja, se quiserem obter qualquer tipo de salvação.

O exemplo do Mestre nos mostrou o quanto Ele pouco se preocupou com as pessoas que estavam nas trevas, no mundo. Por isso os evangelistas tanto enfatizaram o quanto Ele andava pelas vilas, cidades, aldeias, pregando, curando, libertando, ressuscitando as pessoas que estavam à Sua volta, em Seu contexto social. Todavia, quando vemo-lO entrando no templo, nas suas raras vezes, Ele entrava para condenar o descontexto em que viviam as sinagogas e o templo de Jerusalém na pessoa de seus fieis e líderes.

Fazemos parte de uma época da qual viemos não sem razão, mas com uma missão a ser cumprida por nós, em nosso século. Sinto muito forte o peso de ser um servo de Deus, no mundo, próximo ao último dos últimos dias. Mas não vejo de Deus a missão de clausura, conventos ou abstenções da convivência no meio social, pois aqui estão aqueles que jazem nas trevas, andando errantes, obscuramente pela vida a fora, sem rumo e ainda sem salvação. Assim, mesmo que pese, nossa missão é no mundo, não fora dele.

Precisamos a cada dia redescobrir nosso papel como igreja de Deus nesse mundo, seguindo fielmente o exemplo de Cristo, dando exemplos maiores de luta pelo ser humano, de envolvimento pelo desenvolvimento de nosso contexto social, numa luta pelas vidas que Deus colocou à nossa volta. Precisamos revitalizar nossas igrejas para que elas, através de seus fiéis e lideranças, dêem maiores exemplos de cuidado humano e preocupação pelo social. Precisamos seguir os exemplos de nossos antepassados, a começar por Jesus e os reformadores, para nos orgulharmos de nossa fé, mas também de nossas obras, promovendo salvação eterna, mas também presente às necessidades humanas de nossas cidades.

Nosso papel como servos de Cristo vai muito além dos nossos púlpitos, dos portões de nossas igrejas. Nossa missão não está dentro das paredes das igrejas, mas dentro das casas, das fomes, das doenças, da vida de pessoas amadas por Deus, mas que ainda estão nas trevas, aguardando que nossa luz saia debaixo de um vaso, e seja útil um mundo cheio de pessoas em trevas e desnorteadas, sem rumo para uma vida em abundância, e sem rumo para a Nova Jerusalém.

Rev. Pevidor

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