segunda-feira, 22 de junho de 2009

SERVINDO AO MUNDO EM NOME DE DEUS


Atualmente acompanhamos pala tv as atrocidades de mais uma guerra, onde pessoas inocentes pagarão com a vida as ânsias de governantes inescrupulosos. Mas isso tudo também é cumprimento de profecias. Então você poderia se perguntar: o que eu tenho a ver com isso? Essa é a pergunta que as igrejas cristãs tem feito muito, mas descoberto pouco, ou seja, “o que fazer?”


O patrono do cristianismo, o santo Jesus de Nazaré, disse certa vez que a missão de seus seguidores ia muito além do que a lei mandava, e que muitos servos e servas seriam inúteis por apenas fazerem o que se mandava, ou seja, não caminhavam a segunda milha.


De certa forma, a igreja é uma agência de Deus, mas a serviço do mundo. Estamos aqui para servir o mundo no presente, mas anunciando um serviço que pode ter duração eterna. Todavia, para que esse serviço de Deus entre os homens e mulheres seja a caráter de Cristo, precisamos redescobrir nosso papel de agentes de Cristo nesse mundo, também pragmático e obsoleto.


Eu posso parecer insistente na idéia da pastoral urbana, mas ainda não consigo ver outro papel presente da igreja no mundo, sem a luta pela igualdade social, a luta contra a segregação racial, a luta pelos direitos humanos e pelo desenvolvimento humano igual para todos. Dentro desse aspecto, essa missão é grandiosa. Todavia, quando falamos de ações da igreja para o desenvolvimento humano, parece que falamos de utopia e de uma filosofia antiquada e estranha.

Deus nos deu a oportunidade de oferecermos, em Jesus, uma salvação eterna e eficaz. Todavia, Ele também nos deu poder e condições de oferecer, a um mundo perdido e desastrado pelo pecado, uma salvação presente, real, e já. Não depende de grandes finanças, não depende de grandes preletores, mas de pessoas dispostas a cumprir básicos mandamentos, e de serem seguidores de Jesus Cristo de Nazaré, para que possamos sair da inércia atual, e nos tornarmos igreja eficaz na luta contra o conformismo do nosso século, e contra a banalização do ser humano que jaz ás portas das nossas igrejas.

Você, como igreja, pode fazer grandes ações que promovam Cristo no mundo, e que promovam as pessoas amadas por Deus, que foram deixadas aos seus cuidados. Saia da inércia e dos papeis, e faça algo que glorifique a Cristo e promova o humano á sua volta. Desenvolva projetos relevantes para seu contexto, coloque-os em prática, e verás como é bom servir ao mundo, em nome de Deus.

Rev Pevidor

sexta-feira, 12 de junho de 2009

REVITALIZANDO A IGREJA


Já a muitos anos temos acompanhado discussões sobre o papel da igreja no mundo. O SENHOR tem levantado homens e mulheres para o desempenho de Suas ordens nesse mundo. Uma realidade caótica, dirimível e assassina é a que vivemos em nosso século. Pouco se aproveita nos relacionamentos, e a corrupção degrada cada vez mais o ser humano e seu desenvolvimento.
O termo “igreja” aparece 73 vezes em todo o Novo Testamento. No grego, essa mesma palavra aparece na forma de “ekklhsia”. Isso nos faz entender melhor nosso papel como servos de Deus nesse mundo, uma vez que nos tornamos, pela conversão, igreja de Cristo. Dessa forma, analisemos: a palavra ekklhsia é uma junção de duas pequenas palavras: ek – uma preposição que significa “de, para fora, a partir de”. A segunda parte dessa palavra é klhsia – derivada do verbo kalew, significando “proclamação, proclamar, gritar, anunciar”. Entendemos que nossa função como igreja de Deus nesse mundo, é a de sairmos das portas de nossos tempos proclamando a salvação, e salvando humanidade das mazelas que satanás e o pecado impõe a ela.

Durante muitos anos o catolicismo impôs uma visão ao mundo de que a salvação estava restrita a ela, a igreja, e se os fieis não estivessem na igreja, sua salvação não estaria garantida. Infelizmente alguns dos os grandes pensamentos bíblicos causadores da reforma protestante do século dezesseis não mais são vivenciados em nossos dias. Um deles é essa questão da salvação através da graça. O catolicismo romano pregava que para a salvação, as pessoas precisavam vir para a igreja. Hoje em dia o protestantismo vive, pelo menos na prática, essa mesma idéia de que as pessoas é que precisam vir para a igreja, se quiserem obter qualquer tipo de salvação.

O exemplo do Mestre nos mostrou o quanto Ele pouco se preocupou com as pessoas que estavam nas trevas, no mundo. Por isso os evangelistas tanto enfatizaram o quanto Ele andava pelas vilas, cidades, aldeias, pregando, curando, libertando, ressuscitando as pessoas que estavam à Sua volta, em Seu contexto social. Todavia, quando vemo-lO entrando no templo, nas suas raras vezes, Ele entrava para condenar o descontexto em que viviam as sinagogas e o templo de Jerusalém na pessoa de seus fieis e líderes.

Fazemos parte de uma época da qual viemos não sem razão, mas com uma missão a ser cumprida por nós, em nosso século. Sinto muito forte o peso de ser um servo de Deus, no mundo, próximo ao último dos últimos dias. Mas não vejo de Deus a missão de clausura, conventos ou abstenções da convivência no meio social, pois aqui estão aqueles que jazem nas trevas, andando errantes, obscuramente pela vida a fora, sem rumo e ainda sem salvação. Assim, mesmo que pese, nossa missão é no mundo, não fora dele.

Precisamos a cada dia redescobrir nosso papel como igreja de Deus nesse mundo, seguindo fielmente o exemplo de Cristo, dando exemplos maiores de luta pelo ser humano, de envolvimento pelo desenvolvimento de nosso contexto social, numa luta pelas vidas que Deus colocou à nossa volta. Precisamos revitalizar nossas igrejas para que elas, através de seus fiéis e lideranças, dêem maiores exemplos de cuidado humano e preocupação pelo social. Precisamos seguir os exemplos de nossos antepassados, a começar por Jesus e os reformadores, para nos orgulharmos de nossa fé, mas também de nossas obras, promovendo salvação eterna, mas também presente às necessidades humanas de nossas cidades.

Nosso papel como servos de Cristo vai muito além dos nossos púlpitos, dos portões de nossas igrejas. Nossa missão não está dentro das paredes das igrejas, mas dentro das casas, das fomes, das doenças, da vida de pessoas amadas por Deus, mas que ainda estão nas trevas, aguardando que nossa luz saia debaixo de um vaso, e seja útil um mundo cheio de pessoas em trevas e desnorteadas, sem rumo para uma vida em abundância, e sem rumo para a Nova Jerusalém.

Rev. Pevidor

sábado, 6 de junho de 2009

PG - PORQUE DEUS AMOU A CIDADE


"Porque Deus amou ‘a cidade’ de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."(Jo 3.16)

Amar a cidade. Parece utopia! Todavia basta um olhar despreconceituoso para a Escritura e veremos que a ação de Deus, desde o início foi uma ação urbana. Em Gn 4.17 encontramos pela primeira vez menção da palavra ‘cidade’, e a partir daí encontramos: Cidade AT/NT: 774 vezes; Vilas AT/NT: 11 vezes; Aldeias AT/NT: 82 vezes; Aldeia AT/NT: 14 vezes.

O Senhor Jesus nasceu numa cidade, cresceu nela, desenvolveu Seu ministério em cidades, enviou seus discípulos às cidades, instituiu Sua igreja na cidade, e deu ordem a todos os conversos para cuidarem da sua cidade. Deus criou o homem um ser sociável, e por isso ele depende da cidade, das pessoas da cidade para viver. Assim, vemos o amor de Deus, bem como Seus olhos repousados sobre tudo o que se passa na cidade, suas alegrias, festas, suas misérias e dificuldades.

Certa vez um irmão disse: “pastor eu sinto tanto ver aquelas pessoas faveladas, não tendo o que comer, o que vestir, não tendo onde morar e sem saúde!” Esse é o sentimento que toma conta do coração de muitas igrejas. Elas se condoem, e até choram quando ouvem falar dos problemas que vivem a maioria das pessoas à sua volta. A igreja está na cidade (Jo 17.15), e essa cidade vive numa esfera de miséria, fome, nudez, doença, choro e morte. Mas o sentir muito não faz parte do dicionário de Deus. Sentir muito não mata a fome, veste uma roupa, trata a saúde e não seca as lágrimas.

O Senhor Jesus foi um heróico lutador contra a desigualdade e por uma cidade melhor. Os reformadores também promoveram a reforma da igreja pensando numa cidade melhor para o povo viver. Essa tarefa de lutar por uma cidade melhor é também nossa hoje. Deus amou a cidade! isso é ótimo! Cristo amou e morreu pela cidade! Maravilhoso! Os reformadores morreram por um ideal mais justo! Parabéns! todavia pergunto: o que a igreja está fazendo hoje? O que significa para a igreja do século XXI, trilhando o terceiro milênio, o amor de Deus, a morte de Cristo e o sacrifício dos reformadores? Se não amamos nossa cidade, anulamos em nós, tudo que eles fizeram por ela.

O evangelho, desde o seu início anuncia as boas novas de salvação, mas não uma salvação que estava longe, lá na vida eterna, mas salvação que começava a fazer a diferença na vida pessoal ali mesmo, a partir do encontro com Cristo. Jesus e seus discípulos andavam de Norte a Sul, de Leste a Oeste anunciando que o Reino de Deus já estava entre o povo, na cidade, e que seus moradores já podiam desfrutar de uma salvação, vida eterna, do amor () ágapê de Deus, de Sua compaixão e misericórdia na esfera do já-agora. Com o passar do tempo a igreja manteve na íntegra esses princípios de evangelização. Ela se dedica quase a totalidade de seus serviços a pregar o que Jesus pregou. Contudo, há uma diferença entre a igreja de hoje e o Jesus de ‘ontem’. Pregamos o que Ele pregou, mas não vivemos ministerialmente o que Ele vivenciou em Seu ministério.

Como já disse, hoje ensinamos o que Jesus ensinou, mas não vivemos como Ele viveu. Ele estava na cidade, no povo, nos problemas deles. Não podemos negligenciar o fato de que “o próximo está na cidade: tem fome, tem história, tem cor, tem gênero, é um ente real. Como poderíamos viver o ideal evangélico de amor/serviço fora da cidade?”{Clóvis P. de Castro}. O evangelho de hoje está totalmente desprovido, com raras exceções, do ver, de compaixão, do compadecimento, e do estender as mãos. Ignorar as necessidades do próximo é ignorar a real presença de Deus na cidade. Mas, infelizmente, ser diferente hoje em dia é justamente aquele que tem o hábito de estender suas mãos a um necessitado.

Porque Deus amou a cidade, nós também, como seus súditos, devemos amar nossa cidade com um amor sacrificial. Quando Jesus Cristo nos deu a grande comissão Ele disse: ”mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto na cidade de Jerusalém como em todas as cidades da Judéia, da Samaria e até aos confins da terra”(At 1.8). diante disso, concluímos que recebemos poder somente quando o Espírito Santo repousa sobre nós. Quando isso acontece é porque há algo a ser feito: ser testemunha dos atos, das ações e das palavras de Jesus; uma tríade inseparável e indissolúvel num ministério segundo o modelo de Cristo. O poder que recebemos não tem outro motivo a não ser para testemunhar com nossas ações práticas “o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo...” (Lc 24.19).


Rev Pevidor

segunda-feira, 1 de junho de 2009

PG - ORAÇÃO QUE GERA AÇÃO


Certa vez encontramos o SENHOR Jesus dizendo que a Seara era muito grande, mas os trabalhadores muito poucos. Hoje em dia creio que se Jesus repetisse essa frase, ele acrescentaria que além de serem poucos os trabalhadores da Seara, dos poucos que ainda tem, muitos são inaptos, inadequados ou despreparados para a obra da Seara (Mt 9.37-38).
No Brasil, encontramos centenas de tipos de igrejas diferentes, das mais desorganizadas às mais organizadas, das mais recentes, às mais históricas, das mais tradicionais, às mais pentecostais. Todavia, se há uma característica que em todas é singular, é a de nada se fazer em prol dos “pequeninos” (Mt 10.42,18.6,10,14, 19.14, 25.40-45). Elas se ocupam em suas brigas teológicas ou em defender seus usos e costumes, sua historicidade, seus antepassados que geraram suas linhas teológicas e seus credos. Assim deixaram de ser igreja do Reino, e se tornaram igrejas de Calvino, de Wesley, de Armínio, de um Reverendo aqui ou ali, de um profeta ou bispo. Essas igrejas deixaram de ser igrejas de Jesus ao serviço de Seus pequeninos, para se tornar igrejas de ditadores humanos e carnais.
É preciso fazer uma reflexão: queremos ser igrejas de Deus ou de Homens? Quem está comandando as igrejas nos tempos em que estamos vivendo? Ainda ontem ouvi a mensagem de um Reverendo, na qual ele mui orgulhosamente declarou que gastaram três milhões de dólares na construção de seu mais recente templo. Eu não vejo problema algum em se construir um grande templo ao SENHOR. Todavia eu pergunto se o simples Jesus se sentaria nos bancos aburguesados para assistir aos cultos suntuosos, cultos esses que geralmente são realizados para agradarem a homens e não a Deus, enquanto a população está passando fome às margens da igreja de três milhões de dólares.
Como sacerdote de uma igreja brasileira, eu me coloco a refletir na conduta de nossa igreja como entidade religiosa, em se analisar a sua conduta diante do mundo, se realmente está sendo uma conduta de Cristo, nosso Mestre, diante do mundo em trevas. Há alguns meses foi lançado uma campanha com um excelente slogan: justiça, educação, saúde, união, segurança – de onde nos virá o socorro? Todavia, há tempos ouvimos esse mesmo clamor que vem do mundo: de onde nos virá o socorro? O mundo clama por justiça, por educação, por saúde, por segurança e eu pergunto, o que a igreja tem feito para silenciar o clamor de socorro que vem do mundo? ela tem feito algo para socorrer? Sermos parciais com a miséria do mundo, ignorar o clamor que vem do mundo, é ignorar o amor de Jesus pelos Seus pequeninos, é transgressão do maior mandamento, é desobediência aos mandamentos divinos, é uma prática pecaminosa, horrenda, desumana, satânica, e passível de juízo eterno.
Essa semana, conversando com um dono de posto de combustível de nossa cidade, debatíamos sobre o que a igreja tem feito como agência de Deus no mundo, em prol dos menos favorecidos. Quase sempre nada. Temos um grande poder em nossas mãos. Todavia, ainda não vi a igreja se manifestar publicamente sobre as injustiças sociais que afetam 80% da população brasileira, sobre os altíssimos impostos cobrados pelo governo, sobre o baixo salário mínimo em detrimento do altíssimo salário dos governantes; ainda não vi a igreja se manifestar publicamente sobre as filas de hospitais e o terrível atendimento do SUS, e nos postos de saúde; ainda não vi a igreja se manifestar sobre as guerrilhas, traficantes e corrupções na polícia que estão acabando com a paz da população brasileira nos grandes e pequenos centros. De onde nos virá o socorro? Será que Deus mandará novamente Gideão (Jz 7) ou o Anjo do SENHOR para salvar a população que necessita de salvação? Creio que não, pois assim, a igreja não mais teria razão de existir. Essa é uma guerra nossa, da igreja militante; é nossa missão, e devemos fazer algo agora, urgente, já.
A oração é um poderoso aliado da igreja militante. Creio que a razão de Deus nos ordenar à oração é a causa de essa palavra nos conduzir à ação. Por isso or-ação, nos tira da imparcialidade, da inércia, das letras frias e nos transporta para o armagedom da salvação e à resposta ao clamor de socorro do mundo, dos pequeninos de Jesus.
Sejamos igreja que ora e age. Façamos alguma coisa pelo nosso Brasil, e por esse sofrido povo. Se clamarmos a Deus Ele nos responderá, e através de nós, igreja dEle no mundo, o clamor dos aflitos e necessitados será respondido, e como o bálsamo sobre seus sofrimentos nossas palavras e ações contribuirão para, indistintamente, a aplicação a todos da Justiça, da Educação, da Saúde, da união e da segurança. O socorro aos necessitados virá do Deus Yhaweh, através da Igreja do Deus Yhaweh. Esse socorro virá ao mundo pelo qual Cristo morreu, mas através da Igreja que o mesmo Cristo instituiu para ser Seu representante.

Rev Pevidor